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"... tudo o que vejo tem ponto de beleza e crueldade, pois o que é belo é cruel e nao ha nada que se possa fazer àcerca disso." "all i see has beauty and cruelty in it, for all that is beautyfull is also cruel an there's nothing you can do about it."

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Monday, October 19, 2009

esta noite estive de humor negro

... cruel crepitar, esta minha mente anda de pontas afiadas...
so me apetece ser insultuoso, cem razões para o ser... ou sem razões?
sinto-me ofendido por vontade própria, revolto com o nada, pronto pa partir o inquebrável ou partir-me tentando... e ainda por cima doi-me a cabeça... ressaca ou gripe-A? olha, que venha o autêntico que o falso é que mete medo...
medo medo não... é mais repulsa.
pfff... Só me apetece rosnar e foder à bruta.

(que me perdoem a terminologia)

Wednesday, July 02, 2008

firmitia (?)

sou negro quando escrevo
e ponho olhares de aço na ponta da língua
que me escorrem pelos dedos
quando me lembro de quem sou...

Wednesday, April 23, 2008

soltam-se demónios neste quarto por vezes....

soltam-se gritos negros e pedidos vãos de perdão...

há um corpo que se torce e sua,
numa busca infindável duma tranquilidade que não existe...

há uma mente que sonha, que sente que não é gente...
e procura no sonho o beliscão da sua existência.

soltam-se demónios neste quarto por vezes...

e soltam-se lágrimas por lágrimas derramadas em vão...

e há um corpo que se torce e sua,
numa tentativa desesperada de sentir que é seu...

há um sonho que mente,
e que diz verdades camufladas de desejos incompreensíveis...
que busca no sonho o perdão que não vem...
nem na alvorada que se levanta e limpa e renova,
e nos mostra que o dia regressa...

...por mais negra que tenha sido a noite.
criaturas da noite que me cercam e apertam o cerco à minha sensibilidade de flôr de pele...

toques precisos que me despem de defesas e me deixam nú à mercê de murmúrios soturnos e dedos no cabelo que me desconsolam e acendem chamas que afinal não desapareceram de todo...

nódoas negras de escuros abismos que me puxam, que me puxam, que teimam em me puxar...

estes sons fortes que me soam a doces risos à negridão que por vezes enfrento...

por vezes nem sei o que digo, ou o que diga...

...

um caro amigo uma vez disse-me que quem ama verdadeiramente a luz, tem também de amar a escuridão.